Yacht Club Paulista
Nasceu como um clube familiar, de grande tradição e conquistas. Sua história remonta ao final do século XIX, quando a vela de recreio e competição chegou ao Brasil, com as primeiras regatas de latismo no Porto de Santos e na Baía de Guanabara. Antes da vela, o remo já havia se estabelecido no país, com a fundação de diversos clubes, alguns dos quais se expandiram para o futebol.
Em 1906, foi fundado o Iate Clube Brasileiro em Niterói. No entanto, durante a Primeira Guerra Mundial, uma ruptura interna ocorreu no clube devido à presença de imigrantes europeus, levando à criação do Rio Sailing Club (hoje Rio Yacht Club) em 1914, no terreno vizinho.
A vela também se expandiu no Rio Grande do Sul, com o surgimento de clubes como o Rio Grande Yacht Club, Veleiros do Sul e Clube dos Jangadeiros. Em 1917, os britânicos fundaram o São Paulo Sailing Club (atualmente conhecido como SPYC), seguido pelo Deutschler Segler Club (atualmente YCSA) em 1930, e, por fim, o Yacht Club Paulista, fundado em 1932 e originado da Sociedade Hípica Paulista.
Desde sua fundação, o Yacht Club Paulista se destacou tanto na vela quanto em outras modalidades náuticas, como motonáutica, remo, canoas havaianas e pranchas de stand-up paddle (SUP). Além disso, desempenhou um papel crucial na promoção da vela e na formação de novos velejadores, contribuindo para a criação da Federação de Vela do Estado de São Paulo (Fevesp).
O Hangar, construído em 1963, abrigou veleiros de grande porte, como o elegante "F" da classe 5 Metros Internacional, pertencente à família Hackerott Bruder, símbolo de grande tradição no clube.
Berço dos Campeões!
O Yacht Club Paulista também foi o berço de grandes nomes da vela brasileira. Entre os campeões formados no clube, destacam-se:
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Jorge Zarif
Atleta medalhista mundial da vela que participou de sua terceira edição olímpica nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na classe Finn
Joerg Bruder
Velejador brasileiro Joerg Bruder, faleceu com apenas 36 anos, a caminho do seu 4º título mundial consecutivo
Robert Scheidt
Quinze vezes campeão mundial, sete participações em Olimpíadas, dois ouros Olímpicos.
Eduardo de Souza Ramos
Campeão europeu na classe Soling e porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984
Bruno Prada
Velejador Penta campeão mundial começou velejando na represa de guarapiranga no Yacht Club Paulista
Nossa Homenagem: A história inspiradora de Joerg Bruder uma presença que transcende o tempo
No fatídico mês de julho de 1973, um acontecimento trágico marcou a história da aviação e a vida de uma família brasileira. O Boeing 707 da Varig, voo 820 com destino a Orly, na França, pousou em chamas em meio a um campo de cebolas em Saulx-les-Chartres, a poucos quilômetros do aeroporto. Entre os passageiros estava o renomado velejador brasileiro Joerg Bruder, de apenas 36 anos, a caminho de mais um campeonato em busca do seu 4º título mundial consecutivo.
O trágico acidente deixou uma marca profunda na família de Joerg Bruder. No entanto, uma luz de esperança brilhou através dos olhos de Georgia, filha de Joerg, que tinha apenas 3 anos de idade na época do acidente. Impulsionada por um desejo ardente de conhecer mais sobre seu pai e honrar sua memória, Georgia embarcou em uma jornada de reconstrução da história de Joerg Bruder.
Com determinação e perseverança, Georgia entrevistou amigos, velejadores e familiares. Ela investigou documentos e fotos antigas, vasculhando cada pista e fragmento de informação disponível. Aos poucos, ela reconstruiu a trajetória esplêndida de seu pai, revelando sua paixão pela vela, suas conquistas e seu espírito competitivo.
Quase 50 anos depois do trágico acidente, apesar da dolorosa perda, a presença de Joerg Bruder continua a inspirar milhares de atletas. Sua história se tornou um testemunho de coragem, determinação e amor inabalável pela vida. O legado de Joerg Bruder transcendeu o tempo, tocando a vida daqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo através das palavras e das memórias compartilhadas por sua filha.
A história de Joerg Bruder é uma prova de que mesmo as maiores adversidades não podem apagar o impacto duradouro de uma vida bem vivida. A determinação de Georgia em reconstruir e honrar a memória de seu pai é um exemplo inspirador para todos nós. Ela nos lembra da importância de preservarmos as histórias de nossos entes queridos e de como podemos encontrar força e inspiração nos momentos mais difíceis. Que a história de Joerg Bruder continue a ser contada e sirva como uma lembrança de que nossos entes queridos nunca nos deixam de verdade, pois sua presença vive em nossos corações e nos inspira a enfrentar qualquer desafio que a vida nos apresente.
Bons ventos!
Inspirado por Georgia Bruder, filha amada do nosso Eterno Campeão Olímpico Joerg Bruder.
